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I
I – INTRODUÇÃO
Existem três tipos de tecido muscular: (TORTORA, 2002).
· Está fixado principalmente em ossos e move as partes do esqueleto. Ele é estriado, possui estrias, ou faixas alternadas claras e escuras, é voluntário pois pode ser mandado contrair e relaxar por controle consciente.
· Forma a maior parte da parede do coração. Ele é estriado e involuntário, isto é, suas contrações não estão sob controle consciente.
· Está envolvido com os processos internos. Ele está localizado nas paredes das estruturas internas ocas, como os vasos sangüíneos, o estômago e os intestinos, não apresenta estrias, e é involuntário.
O tecido muscular tem quatro características principais que são importantes na compreensão de suas funções:
· É a capacidade do tecido muscular de receber e responder a estímulos.
· É a capacidade de encurtar-se e espessar (contrair-se).
· É a capacidade do tecido muscular de distender-se (estender).
· É a capacidade do tecido muscular de retornar a sua forma original após a contração ou a extensão
.
Por meio da contração sustentada ou alternando a contração e o relaxamento, o tecido muscular tem quatro funções:
· Permite ao corpo caminhar, correr, segurar um lápis ou balançar a cabeça. Esses movimentos dependem do funcionamento integrado de ossos, articulações e músculos esqueléticos.
· Todos os três tipos de tecido muscular auxiliam a mover substâncias como o sangue, alimentos, o espermatozóide e o óvulo e a urina.
· As contrações do músculo esquelético mantêm estáveis as posições corporais e a postura. As contrações sustentadas dos músculos lisos bloqueiam a saída de alimento do estômago e de urina da bexiga urinária, para armazenagem temporária.
· As contrações do músculo esquelético podem gerar 85% de todo o calor corporal, para auxiliar a manter a temperatura corporal normal.
II – TECIDO MUSCULAR ESQUELÉTICO
Os músculos esqueléticos são formados por uma variedade de tecidos (conjuntivo dos tendões e ligamentos e das bainhas do epi, peri e endomísio, sanguíneo e nervoso), além do muscular. Eles estão rodeados por um espesso invólucro de tecido conjuntivo designado epimísio, o qual é contínuo com os tendões e ligamentos. As fibras musculares desses músculos estão geralmente organizadas em fascículos ou feixes, cada um envolvido pelo mesmo tipo de tecido conjuntivo mas agora designado perimísio. Este ainda se divide mais, rodeando cada fibra muscular individualmente, diretamente em contato com o sarcolema, passando a designar-se endomísio.
O exame microscópio do músculo esquelético revela que ele consiste de milhares de células alongadas e cilíndricas, dispostas em paralelo umas às outras, denominadas fibras musculares. Cada fibra é recoberta por uma membrana plasmática denominada sarcolema. O citoplasma de uma fibra muscular, denominado sarcoplasma, contém muitos núcleos (multinucleado). No sarcoplasma, há numerosas mitocôndrias. O sarcoplasma também contém miofibrilas, moléculas especiais de alta energia, enzimas e retículo sarcoplasmático, uma rede de túbulos envolvidos por membrana, similares ao retículo endoplasmático liso. Perpendicularmente ao retículo sarcoplasmático, há túbulos transversos (túbulos T). Os túbulos são extensões do sarcolema em forma de túnel que passam através da fibra muscular e também se abrem no exterior da fibra muscular. As fibras do músculo esquelético também contêm mioglobina, um pigmento avermelhado similar à hemoglobina do sangue. A mioglobina armazena oxigênio até que seja necessário para a mitocôndria gerar ATP. (TORTORA, 2002).
Esta complexa rede de tecido conjuntivo fibroso garante ao músculo a sua forma e resistência, permitindo-lhe transmitir a sua força ao ponto de inserção no osso. As fibras são cilíndricas e longas (podem por vezes atingir todo o comprimento do músculo, ou seja, até 30 centímetros ) e com numerosos núcleos localizados na periferia da célula. O sarcoplasma apresenta elevado número de (mitocôndrias) e retículo sarcoplasmático, fundamentais na contração pois é necessária energia e grandes quantidades de cálcio, transportado pelo retículo. No sarcoplasma existe, ainda, grande quantidade de miofilamentos protéicos de actina (microfilamentos delgados) e miosina (microfilamentos espessos), o que confere á fibra um aspecto estriado transversalmente.
Cada fibra muscular esquelética é composta de estruturas cilíndricas denominadas miofibrilas, que correm no sentido do comprimento através da fibra muscular. Elas, por sua vez, consistem de dois tipos de estruturas ainda menores denominadas miofilamentos delgados e miofilamentos espessos. (TORTORA, 2002).
As miofibrilas estão organizadas em unidades designadas sarcômeros, que são as unidades funcionais básicas das fibras musculares estriadas. No sarcômero existem bandas largas, uma escura - banda A, composta principalmente de miofilamentos espessos - ladeada por duas claras - bandas I, é composta de miofilamentos delgados. Ao centro da banda A existe uma zona mais clara designada linha H e ao centro das bandas I uma zona mais escura designada linha Z.
A banda A é formada por miofilamentos de miosina, que tem forma de dois tacos de golfe entrelaçados. As caudas (cabos do taco de golfe) são dispostas em paralelo para formar a haste do miofilamento espesso. As cabeças dos tacos projetam-se para fora, na superfície da haste. Essas cabeças proeminentes são referidas como cabeças de miosina ou pontes cruzadas.
Os miofilamentos delgados são ancorados nos discos Z. Eles são compostos principalmente da proteína actina, disposta em duas faixas isoladas que lembram dois cordões torcidos de pérolas.Cada molécula de actina contém um sítio de ligação de miosina, para a cabeça da miosina. Além da actina, os miofilamentos delgados contêm duas outras moléculas de proteínas, a tropomiosina e a troponina, que auxiliam a regular a contração muscular. Em uma fibra muscular relaxada, elas bloqueiam os sítios de ligação da miosina. (TORTORA, 2002).
Este tecido forma a parte contrátil da parede do coração (miocárdio) e apresenta simultaneamente características semelhantes as do músculo esquelético e liso. As fibras são relativamente longas e estriadas. A contração é rápida e vigorosa, consumindo grande quantidade de energia, mas involuntária e rítmica. São ramificadas em Y e unem-se a outras longitudinalmente através de discos intercalares. Entre as fibras existe tecido conjuntivo muito irrigado, necessário devido à elevada taxa metabólica deste músculo.
O músculo cardíaco apresenta um longo período refratário, o que permite ao coração relaxar entre os batimentos. Este período permite que o ritmo cardíaco seja aumentado significativamente, mas impede o próprio coração de sofrer uma tetania incompleta ou completa. A tetania do músculo cardíaco cessaria o fluxo sangüíneo através do corpo e resultaria em morte. (TORTORA, 2002).
Este tecido forma a componente muscular das estruturas ocas (vasos sanguíneos, tubo digestivo, sistema reprodutor, glândulas, pele, etc.). Dado que está sob controlo dos sistemas hormonal e nervoso autônomo é involuntário, especializa-se em contrações lentas e de longa duração.
As fibras são pequenas, fusiformes e com um único núcleo central. As fibras contêm actina e miosina, mas não organizadas, pelo que não apresentam estriação transversal. Algumas fibras musculares lisas contraem-se em respostas a impulsos nervosos do sistema nervoso autônomo (involuntário). Outras contraem-se em resposta a hormônios ou fatores locais como o pH, o nível de oxigênio e de dióxido de carbono, a temperatura e as concentrações iônicas. (TORTORA, 2002).
Ao contrário das fibras musculares esqueléticas, as fibras musculares lisas podem distender-se sem ficar tensas ou romper. Isso é importante, pois permite ao músculo liso acomodar grandes alterações no tamanho, enquanto ainda retém a capacidade de se contrair. O músculo liso na parede de órgãos ocos como o útero, o estômago, os intestinos e a bexiga urinária podem distender-se à medida que a víscera aumenta, enquanto a pressão dentro dela permanece a mesma. (TORTORA, 2002).
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